Vendas de soja produzida no Tocantins para o exterior caem quase 30% nos primeiros sete meses

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A queda total das exportações representa cerca de meio bilhão de reais a menos de acordo com a cotação atual. Diminuição no interesse da China no produto puxou o resultado.

A venda da soja produzida nas lavouras do Tocantins sofreu forte queda nos primeiros sete meses de 2019. Entre janeiro e julho, os produtores do estado comercializaram pouco mais de US$ 520 milhões do grão. O número fica US$ 203 milhões abaixo do resultado para o mesmo período de 2018, diferença de 28%.

O principal fator foi a diminuição do interesse da China no produto. O gigante asiático é o principal parceiro comercial do estado, mas em 2019 o volume de negócios entre empresas tocantinenses e chinesas caiu 30%, ficando em pouco menos de US$ 400 milhões.

Levando em consideração a cotação atual do dólar, já que transações internacionais costumam ser realizadas na moeda, a queda nas exportações totais do Tocantins, incluindo outros produtos além da soja, representa cerca de meio bilhão de reais a menos na economia do estado. Os dados são do Ministério da Indústria e Comércio Exterior.

Mesmo com os sinais de alerta, a balança comercial, que é a diferença entre o que é comprado e o que é vendido, ainda fechou positiva. O superávit foi de US$ 561 milhões. Tradicionalmente, o Tocantins é responsável por oferecer commodities agrícolas no mercado internacional e por adquirir produtos manufaturados e químicos.

Mudança nas lavouras

A Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) também identificou mudanças nos campos do Tocantins. Em junho, um levantamento indicou que a soja vem perdendo espaço para o milho nas lavouras do estado. A expectativa é que os agricultores colham 2,9 milhões de toneladas de soja e 1,1 milhão de toneladas de milho em 2019.

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